100 INSCRIÇÕES… A MAIS DE DUAS SEMANAS DO CONVÍVIO DA ESCOLA PRIMÁRIA ARISTIDES GRAÇA-VALE DE SANTARÉM

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Escola Primária Aristides Graça-Vale de Santarém. Entrada para a sala dos rapazes – rés-do-chão
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Escola Primária Aristides Graça-Vale de Santarém. Escada de acesso ao 1º andar, sala das meninas.

É verdade. Ainda faltam mais de duas semanas para o encontro de convívio dos antigos alunos da Escola Primária Aristides Graça, do Vale de Santarém, e já se inscreveram mais de 100 pessoas.

Assim, tudo se conjuga para que seja uma grande jornada de convívio entre os antigos alunos, de várias gerações, a que se associam familiares que, sendo Vale-Santarenos ou não, tendo andado na quase centenária escola ou não, vão também comparecer.

O convívio, marcado para o dia 19 de Outubro e cujo programa síntese já foi divulgado aqui, na publicação anterior, terá a seguir ao almoço a actuação de fadistas, dois dos quais bem conhecidos dos Vale-Santarenos e na região (Fernando Pelarigo  e Manuel José Duarte) e uma surpresa: Joaquim Narciso. Poderão actuar, ainda, alguns espontâneos. O acompanhamento, à guitarra e à viola, estará a cargo de outros dois artistas, cujos nomes serão em breve dados a conhecer.

Chamamos ainda  atenção para a exposição de fotos e de outras recordações do tempo de escola primária, que será em espaço anexo ao do almoço, no CAR-Fonte Boa.

Quem tiver fotos do seu tempo de aluno da nossa escola, e as queira partilhar, por favor envie para os endereços de mail indicados no panfleto de programa, já referido.

Saudações fraternas,

Em nome da Equipa de Organização do Convívio,

Manuel João Sá

INSCRIÇÕES PARA CONVÍVIO NO VALE DE SANTARÉM

Marcado para o próximo dia 19 de Outubro o encontro de convívio dos antigos alunos da escola primária Aristides Graça, do Vale de Santarém, decorre agora o período de inscrições. O programa, já distribuído na vila em diversos locais, é o que se apresenta a seguir:

 

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Programa do Convívio de 19 Outubro – Vale de Santarém.

 

O convívio é para todas as idades de antigos alunos da nossa velhinha escola primária, fundada em 1915 – há quase 100 anos. Para os antigos alunos e seus familiares, seja qual for a sua idade. É uma oportunidade de confraternização entre Vale-Santarenos de várias gerações e sem quaisquer distinções, que têm um factor comum nas suas vidas: terem um dia entrado naquela histórica escola primária, conhecendo a partir dali outras meninas e meninos da sua idade, recebendo a instrução escolar e a experiência de uma nova convivência social para a sua vida futura.

Os membros da equipa de organização, cujos nomes e contactos estão no folheto de programa aqui publicado, receberão informação sobre as inscrições, as quais já estão a decorrer a bom ritmo. Por isso, reservem o dia e… não se atrasem.

Saudações cordiais

MJSá

MAIS DE 40 PARTICIPANTES NA CAMINHADA ORGANIZADA PELO MOVIMENTO ECOLOGISTA – VALE DE SANTARÉM

Pelas oito e meia da manhã começaram a chegar os participantes: os que estavam inscritos e mais alguns. Entretanto, ainda outros, com dificuldades de locomoção mas interessados na iniciativa, fizeram questão de marcar presença no almoço e convívio final, em Santana. No total houve 45 participantes, sendo 35 caminheiros. No grupo, gente de muitas idades – crianças, adolescentes, até aos de mais de sessenta. O início da caminhada, pouco depois das nove da manhã,  foi na Ponte de Asseca, onde o rio Maior recebe as águas da ribeira das Fontainhas, também ela poluída, e perto de uma das entradas de maior volume de materiais provenientes de uma suinicultora instalada nas proximidades da estrada para Póvoa da Isenta. O grupo caminhou em direcção ao cômoro do rio, fazendo o percurso pela margem esquerda, até à ponte do Vale. Nesse trajecto, em que arbustos e silvas invadem há muito o próprio cômoro, dificultando o caminhar, foi possível observar como as águas correm bem negras, por vezes entre pequenas ilhas que se formaram, com plantas aquáticas, salgueiros e outras árvores invadindo o rio, que em alguns pontos nem se consegue ver. Até à Ponte do Vale há entradas de poluição, somente a nascente da Quinta de Santo António lança no rio água límpida. Entretanto, pelo caminho, lixo acumulado, em diversos pontos, além de grandes sacas de plástico, contendo restos de canalizações também de plástico, lançadas para o meio dos silvados, junto ao rio.

Feita a primeira paragem na Ponte do Vale, para receber reforço de água e alimentação, viu-se acumulação de lixo e outros atentados à saúde do rio. O grupo continuou então pela margem direita, até à ponte do Ferreira. Foi nessa parte do trajecto que surgiu a ETAR do Vale de Santarém, que impressionou pela quantidade de materiais orgânicos sem qualquer tratamento, que deita para o rio. Terminada há muito tempo, a ETAR continua sem funcionar. Soube-se que esteve prevista a sua inauguração, agora em tempo de eleições, só que, tendo sido invadida e vandalizada, com roubo de parte substancial do equipamento, há agora que gastar mais para a recuperar, até que possa trabalhar e cumprir o objectivo para que foi criada. 

Constatado este autêntico crime ambiental, que permanece há imenso tempo, o grupo continuou a sua marcha, detendo-se em pontos a ter em atenção: algumas outras entradas de materiais poluidores vindos de suinicultoras; proliferação de jacintos de água (planta muito prejudicial para os cursos de água) em determinadas zonas cobrindo completamente o leito do rio; captações de água para regas que foram feitas com destruição parcial do cômoro.

Foi já perto da uma da tarde que o grupo chegou à ponte de Santana. Embora com o cansaço próprio de uma jornada longa (9km) em terreno nem sempre favorável e sob bastante calor, o grupo cumpriu o seu objectivo – passeio pedestre nas margens do rio Maior/Vala Real, entre Ponte de Asseca e Ponte de Santana – durante o qual, infelizmente, se constatou a grave situação em que se tem vindo a transformar o rio, a qual urge ser tomada a sério pelas entidades competentes. Aliás, as acções de poluição do rio são sentidas ao longo de quase todo o seu curso, como muitas pessoas e organizações têm denunciado, em particular o Movimento Ar Puro, que também se fez representar nesta caminhada. Outra organização que tem vindo a tomar posição é a Ecocartaxo, que fez deslocar ao almoço dois dos seus membros directivos.

No almoço que se seguiu, preparado por uma equipa da organização e que decorreu sob o  telheiro cedido pelo Sr. Joaquim Toito, houve manifestação geral de satisfação por esta iniciativa e que importa continuar no caminho da defesa da despoluição, recuperação e valorização do rio. Vários participantes se dirigiram aos organizadores dizendo-se disponíveis para novas iniciativas neste sentido.

Da parte da organização do Movimento Ecologista – Vale de Santarém, já na fase de encerramento do almoço, foi dito que o que se pretende é QUE TODOS CUMPRAM AS REGRAS DE NÃO POLUIÇÃO (organismos púbicos, municípios, freguesias, particulares, empresas…) única forma de defender um curso de água de tão grande importância para a região e que alguns estão a destruir. 

Uma senhora de Santana, que quis dar um breve testemunho junto de alguns participantes, dizia: “agora é um mau cheiro que não se pode, vêm os mosquitos, invadem-nos a casa… antigamente a gente lavava a roupa na vala, até nadávamos aí, agora?… é só porcaria… o rio tinha peixe, agora só quando chove bem e o peixe sobe… é uma desgraça, essa água podre é a que vai para as regas do melão, do tomate, ao que isto chegou!… o rio está abandonado pelas autoridades”.

Realizada esta iniciativa, que teve assinalável aderência, foi dito, a terminar, que esta situação do rio Maior/vala Real é um objectivo que vai merecer a atenção permanente do Movimento Ecologista – Vale de Santarém, e que outras acções serão divulgadas, sempre numa base de participação ampla, independente e não partidária politicamente.

Quanto ao rio Maior, mas também sobre outros assuntos de conteúdo ecologista, como o Pinheiro das Areias (árvore histórica, de grande porte, reconhecida a nível nacional), o ribeiro “rio das Patas”, o jardim público e o património histórico da terra, pertença de todos, que se degrada.

Entretanto, o Movimento terá em breve uma página sua na internet, através da qual assumirá a sua organização e visibilidade pública de forma permanente, de modo a contactar (e estar contactável) não só os Vale-Santarenos mas todos os que se lhe queiram dirigir.

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Percurso da 1ª Caminhada
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Grupo que iniciou a caminhada, junto à ponte de Asseca, sobre o rio Maior/vala Real.
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O grupo, a caminho… olhando as águas poluídas.
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O grupo, entre o canavial, no cômoro do rio.
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Um dos diversos sacos com lixo (plásticos) deitados para o silvado, no cômoro do rio.
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Lixo, junto à Ponte Vale
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Alexandre e Lucas, os dois mais pequeninos participantes na caminhada, num momento de alimentação e descanso.
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ETAR do Vale de Santarém – esteve prestes a ser inaugurada recentemente, porém foi vandalizada e roubaram parte do equipamento. Actualmente está inoperacional, com resultados catastróficos para o rio – foto seguinte.
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O que sai dos esgotos urbanos do Vale de Santarém vem parar aqui, ao rio, presentemente sem qualquer tratamento… até quando?
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O grupo, de novo a caminho do cômoro, para continuar até à ponte do Ferreira…
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O rio Maior/vala Real, “sepultado” pelos arbustos aquáticos e vegetação em redor, a precisar de limpeza, que não é feita há anos…
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O grupo ao chegar a um ponto onde foi feito um rebaixamento do cômoro (à esquerda, na foto) para instalação de suportes para rega, o que fragiliza o suporte físico que o cômoro constitui contra as inundações…
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Lenha abandonada no cômoro, já perto de Santana.
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Um dos muitos mantos de jacintos, planta altamente negativa para a vida nas águas dos rios… aqui, já em Santana.
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Terminada a caminhada, parte do grupo no almoço perto da ponte de Santana-Cartaxo.

VALE DE SANTARÉM – CRIADO MOVIMENTO ECOLOGISTA

Fruto da consciência de problemas diversos na freguesia, relacionados com os cursos de água, o saneamento e a degradação de alguns dos bens do património histórico da terra, foi criado recentemente o MOVIMENTO ECOLOGISTA – VALE DE SANTARÉM, resultado de reuniões que envolveram cidadãos e membros das colectividades.

O aspecto mais mobilizador para a consciência sobre estes problemas, de início, foi o estado de crescente poluição e abandono a que tem estado sujeito o rio Maior, mais conhecido na terra por Vala, que temos referido regularmente aqui. Há mais de três décadas que a situação existe e se tem intensificado, devido a continuadas descargas de materiais poluentes, oriundas da fábrica de tomate de São João da Ribeira e outras, como de suinicultoras que se foram instalando, ao longo do curso do rio, sem cuidarem de prevenir as graves consequências que hoje se verificam. A poluição urbana é também responsável por este estado do rio e seus afluentes.

Cidadãos de outras terras que o rio serve, bem como organizações ecologistas – o Movimento Ar Puro, da zona de Rio Maior, e a Ecocartaxo – têm desenvolvido acções de denúncia e de exigência da correcção desta situação, perante as autoridades, sem ter havido até agora evolução positiva. No Vale Santarém, a confluência de vontades para a defesa da despoluição do rio Maior veio ganhando força também e foi assim que surgiu o Movimento Ecologista, organização que se apresenta independente e apartidária politicamente, visando congregar esforços para acções em torno desse problema e de outros, que o Vale enfrenta. Por exemplo, a nova ETAR, concluída há imenso tempo e que não chegou a funcionar, que iria ser inaugurada agora pelo actual presidente da Câmara Municipal de Santarém (porquê agora?…) porém, tendo sido assaltada e vandalizada, vai ter novo e grande atraso.

No seu comunicado, o Movimento Ecologista – Vale de Santarém refere ainda outros centros de atenção, como “a preservação e manutenção de autênticos monumentos históricos da nossa terra: o Pombal, o Pinheiro das Areias e as Fontes – das Três Bicas e de Uma Bica – e da nascente que as alimenta.”

Constituído e divulgado o Movimento, com distribuição de informação no Vale de Santarém e pela comunicação social regional, vai agora realizar-se uma 1ª acção relacionada com o rio Maior. Trata-se de uma caminhada – passeio pedestre, entre a Ponte de Asseca e a Ponte de Santana, numa extensão de cerca de 9km, que será no dia 14 de Setembro (próximo sábado) sobre a qual foi divulgado o programa seguinte: 

 

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Espera o MOVIMENTO ECOLOGISTA – VALE DE SANTARÉM, com esta iniciativa, assinalar de modo significativo o início das actividades, para benefício comum dos cidadãos Vale-Santarenos e outros residentes, contributo também para a mais abrangente e fundamental DEFESA DA TERRA, NOSSA CASA COMUM, e do património universal que ela constitui para todos os seres (humanos e não humanos) que tão ameaçada está, em todos os lugares.

Para isso, inscrições e participações, precisam-se! Oxalá.